REZE
Série Cadinho de
Prosa dos Folhetos Cadinho RoCo
REZE
Quando sentir que o amor
está ausente, reze. Quando perceber a compreensão esgotada, reze. Quando a aflição
insistir em possuir seu espírito, reze.
Não subestime a prece que
conforta a alma e acende o alento ao instante perdido no tempo e no espaço.
Reze meu irmão, reze minha irmã.
Quando o desespero buscar
da voz grito de dor, reze. Quando a sensação do desencanto quiser transformar
seu sonho em pesadelo, reze. Quando sentir que não tem mais jeito pra resolver
o que tortura seu viver, reze.
Não abandone a fé que é
inspiração para o nascer da prece. Reze meu querido, reze minha querida. E se
por ventura concluir que não sabe rezar, trate de conversar com Deus que é quem
tem o verdadeiro poder de atender e entender tudo que é feito de nós em nós
mesmos.
Belo Horizonte, 27
maio 2013
DESRESPEITO
Fosse eu dar ouvidos a todos os palpites que ouço, creio que eu não
faria nada. Não são comentários. Não são considerações. O palpite é diferente.
Ele surge quase que como uma invasão. Traz consigo o mais puro sentido da
interferência, sem sequer valer-se de alguma eventual permissão.
Fosse eu dar ouvidos aos palpites, não seria o que sou. Melhor dizendo,
estaria o meu ser, muito provavelmente, inviabilizado antes mesmo de ser o que
ele é. Fico intrigado com a quantidade e com a facilidade de tantos palpites.
Para resumir, penso nunca ser demais lembrar que o expediente do palpite
revela, no mais das vezes, uma tremenda falta de respeito.
Belo Horizonte, 16 novembro 2000
2 comentários:
Dois textos muito importantes hoje, Cadinho. Vou tratar de aprender com eles. Obrigada e boa semana!
arrasou nesse post Cadinho, do inicio ao fim, primeiro que a oração é um alimento indispensavel e os palpiteiros, são mitas vezes pessoas sem nenhum noção ou empatia.
Um abraço carinhoso
Paty Alves
Ágape Amor Verdadeiro
Patyiva
Vou Conseguir
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