BAGUETE
BAGUETE
Da padaria
fechada ao supermercado aberto a distância é pouca. O pão que encontro aqui,
encontro ali, não tenho dúvida disso. Mas, quando vejo aquela baguete
quentinha, tostadinha e pronta para ser consumida, eis que tomado sou pelo
impulso do apetite que quero celebrado pelo café que farei tão logo chegue em
casa.
Existem pães e
pães. O irônico é você encontrar em um supermercado o pão que, por certo, eu
não encontraria naquela padaria.
Saio do
supermercado homenageado por aquela baguete que segue comigo então possuído por
motivação tão auspiciosa.
Ainda bem que
mais cedo tirei a manteiga da geladeira e que agora recepciona a baguete com
requinte a fazer com que a manhã deslize saborosamente por esse tempo assim,
meio nublado.
Belo Horizonte, 30 março 2020
DA
PASTELARIA
Naquele dia a loira da pastelaria estava
de folga e o movimento era grande. Pessoal esperando em meio ao atento servir
daquela equipe que trabalhava num sincronismo espetacular.
Uma vez atendido fico ali observando
trejeitos de pessoas que chegam e que vão embora. É muita gente querendo comer
ou levar pastéis feitos na hora.
A mocinha com senhor de idade se delicia
com aquele momento sublime em meio à manhã nublada, pode ser que chova mais
tarde. Mas, enquanto não chove pessoas transitam pelas ruas cada qual rumo às
suas obrigações. É dia útil e há muito que fazer enquanto a chuva não vem.
Belo Horizonte, 19 novembro
2016
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