BRINDEMOS
BRINDEMOS
Ouço dizer que brindar com água dá azar.
Será que eu já tinha ouvido isso e esquecido? Pego-me a considerar hipóteses
que dão sentido às simpatias existentes desencadeando crendices que não acabam
mais, vindas de lugares diversos e tempos idos.
Gosto de acreditar, o que nem sempre
mostra-se razoável por haver muita mentira à solta por aí. Mas, viver sob o
peso de implacáveis desconfianças também não é lá postura das mais sensatas.
Jeito então é seguir na certeza de que prevenir é melhor do que remediar, até
por existirem situações em que o não prevenido já não tem como ser remediado
ficando o consolo de que para Deus nada é impossível. Resta saber, no entanto, é
se de fato nos colocamos dignos da graça de Deus diante daquilo que antes, nós
mesmos provocamos.
Belo
Horizonte, 04 junho 2020
AGORA
A sabedoria da música boa à noite flutua
entre palavras levadas à lua e ao mar. Sonho derramado na taça do amor tinto
percorrido por suave transparência de aroma paradisíaco.
Um dia no agora fugido do passado e sem
pensar no depois porque o instante traz consigo intensidade singular. Planos
entornados no fazer descontraído. Liberdade apresentada em sua mais simples
versão e sem qualquer inversão ou conversão para o que possa obstruí-la.
O que eu queria dizer é o que digo na
suavidade de descontração apresentada sem qualquer dificuldade porque é na
simplicidade que o simples surge sem qualquer complicação.
Um brinde ao amor solto no tempo e espaço
de todas as coisas.
Belo Horizonte, 31 dezembro
2017
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