DISTRAINDO
DISTRAINDO
Não é porque choveu ontem que hoje choverá
também. O sol apareceu logo cedo num céu sem nuvens que foram surgindo com o
vagar da manhã que, necessariamente, não permaneceu ensolarada.
Hoje não fui ao supermercado, o que
significa economia porque assim não gasto dinheiro que insiste em não querer
ficar na carteira. Mas observo com simpatia o dinheirinho bem acomodado,
quietinho onde está. Carteira guardada em seu canto porque não tenho intenção
de sair hoje.
O dia parece querer esfriar mais em meio
à necessidade que tenho em aquecer minha expectativa de conseguir fazer o que
quero fazer.
Belo Horizonte, 27 outubro
2020
A LUNETA
As oportunidades aparecem quando a gente menos espera e dos dias mais
apáticos.
Conheci Uberaba. A viagem surgiu rápida. Avião pronto para decolar. E do
aeroporto, a loja de artigos importados. Vitrines coloridas, objetos diversos.
Tudo importado, como bem informa a Tânia.
Observo de longe aquela luneta, provocadora da minha aproximação. Bem
sei haver nas lunetas, singular vocação para o aproximar, seja lá do que for.
Não resisti. Quis ter em minhas mãos aquela luneta e as imagens ampliadas em
meu olho entregue à magia de suas lentes.
Hora de ir embora. Uberaba anoitece. Da chuva forte a estiagem. Avião no
céu escuro a despertar o sono pesado das nuvens brindadas por rápidos
relâmpagos. Mas a luneta ficou em Uberaba.
Nenhum comentário:
Postar um comentário