FRIEZA

Minha paciência tem limite. Sou a favor da liberdade de expressão, mas não permitirei que a caixa de comentários deste Meu Nosso Blog se transforme em palco de acusações ou denúncias que considero inoportunas ao propósito do que aqui estampo
FRIEZA

Tem assunto que por si só não vale render. Tem muita gente que não consegue segurar seus próprios incômodos e aí começa acha por bem incomodar os outros, ou até acusar, difamar, ter pouco trato com o próprio querer. Sim, porque quando partimos para o agir ofensivo demonstramos temperamento explosivo, para não dizer rigoroso. Não quero e nem vou entrar no mérito da questão porque se tem algo que adoto em minha vida é exatamente o que trata de eliminar ao máximo o processo de atração de problemas que podem ser perfeitamente evitados. Mas, ao querer bem dou espaço e por isso trato de cutucar a Elisabete para que não se sinta molestada por acusação a ela dirigida de maneira que considero até um tanto grosseira.
A Elisabete aqui pode ser eu, você, ou quem quer que se exponha seja por palavra, gesto ou agir equivalente. Aprendi quando profissional da televisão que estar ali diante de um mundo de telespectadores, é estar ao dispor da mais diversa reação desta ou daquela pessoa. Frente a isso, ou você adquire certa frieza e supera eventuais contrariedades ou, como bem disse meu preclaro Bill Falcão, você não ganhará o suficiente para pagar consultas ao psiquiatra, porque ficará louco, mas louco mesmo.

Belo Horizonte, 04 novembro 2008

EMUDECENDO

Ouço sua voz ainda que distante. Mas sinto-me tão perto.
Do alimento a insinuação do sustento. Mas sinto-me sustentado pelo apetite fome de vê-la.
Do dia, tudo encerrado em minúsculos significados. Mas sinto-me tão maiúsculo diante da perspectiva de estar sendo por você reconhecido.
Tudo sonho, delírio, fascínio de uma vida que parece passar por mim sem ser minha. Também, deixo-me entregue ao sabor dessa ida constante a invadir meu ser levado para onde não estou.
Onde estou não interessa. Perco-me na audição vinda de você. Sua voz emudece a minha.

Belo Horizonte, 10 dezembro 2001