FUGAS
Vou aos poucos retomando ritmo das minhas navegadas pelos blogs
FUGAS
Ao vagar dos dias
Poderes e conquistas
Versos e poesias
Gostos e manias.
Das noites frias
Segredos e magias
Sonhos e idas
Vistas e revistas.
Distante das ondas
Próximo das estrelas
Surgem nuas
Ideias e brisas
Assumidas por fugas
Feitas em vidas.
Belo Horizonte 17 janeiro 2010
PÓLEN
O dia que imaginei amanhecer, não amanheceu. Ele simplesmente não era o dia que imaginei que fosse. Um engano como qualquer outro.
Sonhei que continuava sonhando. Mas o sonho já havia terminado. Eu já estava inserido à realidade, sem reconhece-la. O que também não mudou em nada o seu curso.
Não percebi o que estava acontecendo. Não dei atenção ao ar daquele instante. Nascera uma flor, sem que eu soubesse. O que não interferiu em nada o seu crescimento.
Era noite quando despertado fui por aquele sopro quente em meu coração. Respirei o pólen da flor, mesmo sem te-la reconhecido. O que não fez a menor diferença naquele instante.
O dia não amanheceu. Fiquei anoitecido. Mas havia espécie de luz naquela flor.
Belo Horizonte, 11 abril 1999
16 comentários:
Cadinho, é sempre um privilégio desfrutar momentos de rara beleza contidos nos seus belos poemas.
Beijos
Sempre há alguma luz, mesmo quando não amanhece.
Ela está dentro de nós mesmos.
Beijo
Deixe estar! Uma boa forma de seguir a vida nos momentos em que se precisa relaxar.
Beijos, bom domingo!
Muito bonito meu amigo!Amei! Eu acredito que conseguiste expressar o que vai na vida e no coracao de muita gente que nao ousa sequer pensar, quanto mais escrever!!
beijo e uma semana de bencaos!
Cadinho, não faz mal q vc demorou aparecer lá no blog, pelo menos apareceu.
Big Beijos
um otimo post!
ja estava com saudades daqui!
^^
"mas havia espécie de luz naquela flor"...
Cadinho, você sempre me surpreende...como escreve bem...
E se havia ou há alguma nesga de luz naquela flor, então é por que ela vale a pena....pois LUZ é VIDA, e vida é MILAGRE...é MÁGICA, é AMOR...
Maravilhoso, viu?
beijos com amor,
Biazinha
Caraca amigo! Se superou nesse texto. Lindo de viver,o final ficou maravilhoso! "O dia não amanheceu. Fiquei anoitecido. Mas havia espécie de luz naquela flor." Amei! bjão
Já que és o que escreves, afirmo-te: és um poeta.
Para mim, ser poeta basta. É síntese de alma bela(embora quase sempre inquieta)
Parabéns pelo espaço.
Muito bom.
Abraços.
eu queria achar uma flor dessa *--*
cadinho, amei a delicia hehehehe
eu quero ser esta flor!!!
amei seu carinho.
bjos.
Cadinho
a poesia nasce muitas vezes das pequenas coisas que ninguén dá valor. Mas o poeta está atento
um beijo
PEDRA FRIA
Sentada nesta pedra fria
Os meus pensamentos voam
Aqui vejo as árvores e o céu...
As libelinhas e as formiguinhas...
E tudo me faz companhia...
Tudo me faz sentir bem...
Pois com cuidado vêm ter comigo...
E a libelinha de mansinho...
Poisa nos meus ombros...
E sinto que me afaga...
Como a querer beijar-me...
As formigas, correm e correm...
Estão a pensar nelas...
Vão trabalhando...
E não olham para mais nada...
Trabalho e liberdade...
Estão de mãos dadas...
E com carinho...
Olham para mim...
E eu sentada na pedra fria...
Deixo-me embalar...
E deixo-me adormecer
LILI LARANJO
É o pólen das fugas poéticas!
Aquele abraço!
Sempre há uma luz a iluminar um coração escurecido...
Eu amei de montão teu texto.
Bjos Cadinho!
Oi meu bom amigo. Quanto tempo, hein?
Gostei muito da sua postagem, tanto do verso quanto do pequeno texto, mostrando o mundo em uma perspectiva existencialista, em que nossos anseios nem sempre se realizam.
Um grande abraço,
Átila Siqueira.
Belissímo poema!
Meus aplausos!
Beijos
Postar um comentário