Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

MUNDÃO



Temos todo tempo do mundo
MUNDÃO
     O tempo de um não é o tempo do outro porque cada um tem seu tempo, sua pressa, sua espera, sua necessidade, sua vontade. Por isso é que o que para um pode parecer lento, para outro poderá sugerir pressa. Por isso é que então cometemos adiantamentos e atrasos em nossas vidas.
     A necessidade de cada ser é uma e ainda que possa sugerir semelhança com a outra, não é igual. Razão pela qual devemos sempre valorizar a compreensão capaz de fazer com que percebamos de maneira mais amorosa e menos rancorosa a necessidade, o tempo, a busca e o querer de quem convive conosco nesse mundão de todo tamanho.
Belo Horizonte, 22 janeiro 2013
DESAPAREÇO
     No fundo do mar, o amor sufoca. Que mar? O mar que salga o amor. Que amor? O que inunda o mar de lágrimas.
      Sem lamentos, sem lágrimas, sem lástimas, o amor parece perdido. Enquanto isso, perdido estou eu que não encontro o caminho para estar perto dela. O mar confunde o amor a amortecer o pranto de ser eu tão só meu. Ela aparece nas ondas do tempo esbarrado no eu ido em busca da praia ela.
     No fundo do mar o amor navega. Aí, o corpo afogado pelo desejo do mergulho. Ela respira fundo. Eu desapareço.
Belo Horizonte, 07 julho 1999

2 comentários:

Ana Bailune disse...

Bom dia, Cadinho. Lindo demais o teu texto.

Vanessa Barbosa disse...

Feliz de quem consegue partilhar se pessoas que estão no mesmo tempo, ou não né... vai saber.
Esses desencontros fazem parte da vida, e as vezes eles anunciam que ainda não está no tempo se unir os instrumentos e completar a sinfonia.
Beijos amigo.