ESCURECEU
Série Cadinho de
Prosa dos Folhetos Cadinho RoCo
ESCURECEU
De repente a noite escureceu
em Belo Horizonte, sobre minha mesa, porque abajur apagou, não foi lâmpada que
queimou, foi abajur que estragou.
Eu ao dispor da escuridão
do dia a pouco nascido. Sim, porque o dia nasce na noite porque o mundo é assim
mesmo, cheio de contradição.
Uma vez iluminado por
outro abajur leio livro escrito por Martha Medeiros. Passo a conhecer Martha
Medeiros enquanto sono não vem, ela lá do Rio Grande do Sul, eu das Minas
Gerais nessa noite em que deixo-me levar pelo dizer dela que passo a conhecer
agora.
Percebo luz em Martha
Medeiros na noite a buscar novo amanhecer.
Apago o abajur, eu
possuído pela luminosidade de leitura tão instigante.
Penso no que diz Martha
Medeiros.
Belo Horizonte, 09
maio 2013
PÃO DE AÇUCAR
A pedra
Não é pão.
O pão
Não é Açucar.
O Açucar
Não é pão.
O pão
Não é pedra.
Pão de Açucar
Pedra de sonho
Saído do mar.
Pão de pedra
Açucar no doce
Salgar do mar.
Belo Horizonte, 07 agosto 2000
3 comentários:
O abajur deu defeito para que você pudesse meditar melhor. Lindo esse poema sobre o Pão de Açúcar - que anda cada vez menos doce.
Oi, Cadinho! Também gostei do poema sobre o Pão de Açúcar. Abraço!
mt bonito gostei mt mt obrigada pela sua vesita no meu cantinho bjs
Postar um comentário