Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

quinta-feira, 9 de maio de 2013

ESCURECEU


Série Cadinho de Prosa dos Folhetos Cadinho RoCo

ESCURECEU
     De repente a noite escureceu em Belo Horizonte, sobre minha mesa, porque abajur apagou, não foi lâmpada que queimou, foi abajur que estragou.
     Eu ao dispor da escuridão do dia a pouco nascido. Sim, porque o dia nasce na noite porque o mundo é assim mesmo, cheio de contradição.
     Uma vez iluminado por outro abajur leio livro escrito por Martha Medeiros. Passo a conhecer Martha Medeiros enquanto sono não vem, ela lá do Rio Grande do Sul, eu das Minas Gerais nessa noite em que deixo-me levar pelo dizer dela que passo a conhecer agora.
     Percebo luz em Martha Medeiros na noite a buscar novo amanhecer.
     Apago o abajur, eu possuído pela luminosidade de leitura tão instigante.
     Penso no que diz Martha Medeiros.

Belo Horizonte, 09 maio 2013

PÃO DE AÇUCAR

 

A pedra

Não é pão.

O pão

Não é Açucar.

O Açucar

Não é pão.

O pão

Não é pedra.

Pão de Açucar

Pedra de sonho

Saído do mar.

Pão de pedra

Açucar no doce

Salgar do mar.

 

Belo Horizonte, 07 agosto 2000

3 comentários:

Ana Bailune disse...

O abajur deu defeito para que você pudesse meditar melhor. Lindo esse poema sobre o Pão de Açúcar - que anda cada vez menos doce.

Carla Ceres disse...

Oi, Cadinho! Também gostei do poema sobre o Pão de Açúcar. Abraço!

A Paixão da Isa disse...

mt bonito gostei mt mt obrigada pela sua vesita no meu cantinho bjs